segunda-feira, 4 de junho de 2012

Reckitt Benckiser antecipa em oito anos os objectivos de sustentabilidade

A multinacional de bens de consumo Reckitt Benckiser anunciou hoje a redução da sua pegada carbónica em 21%, tendo em conta o ano de 2007, um objectivo que apenas estava previsto para 2020. Ou seja, a empresa antecipou em oito anos os seus – quiçá modestos – objectivos de sustentabilidade.

De acordo com o relatório de sustentabilidade publicado hoje, a Reckitt Benckiser reduziu a pegada carbónica por utilizador em 21% desde 2007. Paralelamente, a empresa reduziu a utilização de água em 16%, por unidade de produção, desde 2000.

Segundo o Brand Republic, a Reckitt tem inovado na embalagem de marcas como Nurofen ou Gaviscon Advance, criando produtos de dupla concentração e reduzindo as emissões ao utilizar menos embalagens. Assim, as  necessidades de transporte por casa dose também caem.

Também produtos como o conhecido Air Wick foram alvo de inovação. A Reckitt anunciou a criação de um aerossol com características únicas, um produto que utiliza ar comprimido em vez de butano e cuja utilização terá reduzido as emissões de CO2 em 20 mil toneladas em 2011.

Desde 2006 que a Reckitt plantou 5,4 milhões de árvores, uma acção que terá tornado as fábricas de transformação da empresa neutras em carbono.
“Em 2011 batemos o nosso objectivo de emissões de CO2 para 2020. Chegar lá oito anos antes é um grande feito”, explicou o CEO da Reckitt, Rakesh Kapoor. A empresa já revelou que vai reformular a sua estratégia de sustentabilidade para 2012.

domingo, 3 de junho de 2012

LiderA vai debater Ecobairros e Comunidades Sustentáveis

O LiderA está a organizar um congresso sobre Ecobairros e Comunidades Sustentáveis, um evento que se realiza nos dias 18 e 19 de Junho, uma segunda e terça-feira, e que irá apresentar a procura pela sustentabilidade nos ambientes construídos.
O congresso realiza-se no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, e abordará a nova versão do LiderA para as infra-estrutursa e comunidades sustentáveis; a melhoria do desempenho na energia, materiais e águas; a sustentabilidade como factor de desempenho no turismo; a sustentabilidade nos PALOP e o desafio da agricultura nos ecobairros: das varandas às hortas, produção e certificação biológica e o que procura o consumidor.

O público-alvo do congresso são os agentes chave na sustentabilidade nos ecobairros – promotores públicos e privados, assessores do sistema LiderA, urbanistas, planeadores, projectistas, reguladores, empresas do sector da construção, empresas de produção e comercialização de materiais, utilizadores e gestores.
O congresso é coordenado por Manuel Duarte Pinheiro, professor do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do IST e responsável pelo desenvolvimento do sistema LiderA. O Green Savers é media partner da iniciativa.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Caixa colabora em programa escolar de literacia sobre publicidade

A Caixa associa-se, desde 2008, ao Programa Escolar Media Smart, dirigido a crianças entre os sete e os onze anos e que tem como objetivo ajudá-las, desde muito cedo, a verem a publicidade de forma crítica, ajudando-os a fazer escolhas mais conscientes e mais bem informadas.

Sob o lema “Para um Público esperto, um olhar mais desperto”, este Programa, lançado e promovido pela APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes, pretende dar resposta às crescentes preocupações dos pais e educadores, relativamente à pressão publicitária dirigida aos mais novos.

O programa Media Smart é apresentado em três módulos (“Introdução à Publicidade”, “Publicidade dirigida a crianças” e “Publicidade não comercial”), estando para breve o lançamento de um módulo digital.
Cada módulo é apresentado sob a forma de um kit com materiais didáticos que contempla um manual para professores, fichas de exercícios para os alunos e um DVD com imagens (fixas e em movimento) alusivas aos diferentes tópicos abordado. Os conteúdos pedagógicos foram aprovados por um grupo de especialistas em Educação, Psicologia, Nutrição e Estilos de Vida, Marketing e Publicidade e, também, por representantes governamentais nas áreas da Educação, Saúde e Defesa do Consumidor, Confederação de Pais e uma Associação de Consumidores de Media, coordenados pelo Prof. Roberto Carneiro.
As atividades deste programa incluem, entre outros temas:
  • análise aprofundada de imagens e conceitos utilizados em diversos exemplos de publicidade na televisão e imprensa, dirigida a diferentes públicos-alvo;
  • estudo dos processos implicados no desenvolvimento de uma campanha televisiva;
  • considerações sobre as técnicas de persuasão utilizadas para apelar ao público.
Este Programa voluntário foi já implementado em cerca de 43% das escolas do 1º e 2º ciclo.
O Media Smart disponibiliza também uma newsletter dirigida a todos os professores inscritos no programa e no site (http://www.mediasmart.com.pt/) com áreas dedicadas aos pais, às crianças e aos professores como forma de divulgar o programa e manter os diversos intervenientes atualizados e envolvidos acerca do mesmo.
Este é um programa de literacia para a publicidade nos diferentes media, reconhecido pela Comissão Europeia como uma excelente ferramenta para o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes e participativos. Do ponto de vista dos anunciantes trata-se de um programa de responsabilidade social que procura defender o direito à comunicação comercial responsável das empresas.

Fundo Bem Comum


Sendo o empreendorismo e a empregabilidade dois grandes pilares da Responsabilidade Social, a Caixa Geral de Depósitos tornou-se um dos principais investidores do Projecto Fundo Bem Comum. Este fundo de capital de risco inovador visa a promoção e criação de condições para apoiar desempregados com mais de quarenta anos que regressam ao mercado de trabalho como empreendedores.  
Actualmente, Portugal apresenta um dos mais graves problemas a nível social: O desemprego. Esta problemática que afecta mais de um milhão da população portuguesa, é cada vez mais constante e relevante nas pessoas de escalões etários mais avançados, onde na maioria dos casos acaba por ter como resultado um desemprego de longa duração com dramáticas consequências pessoais, familiares e ainda sociais.
Em resposta a esta situação social, a ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores elaborou a constituição da Bem Comum, à qual aderiram prontamente um conjunto de instituições com o objetivo de contribuir para alterar esta realidade.
Os objectivos centrais desta constituição passam por: Estimular quadros qualificados, desaproveitados por desemprego ou pré reforma, com experiência profissional interessante a desenvolverem projetos empresariais; Apoiar os projetos com potencial de crescimento, financeiramente e com assessoria técnica, no sentido de garantir a criação sustentável de postos de trabalho; e consequentemente potenciar uma plataforma ampla de apoio e informação ao empreendedorismo sénior.

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CGD recebe classificação Prime no Corporate Rating da OEKOM

A CGD foi avaliada pela Oekom, agência alemã de rating de sustentabilidade empresarial, como empresa best in class no sector financeiro ao nível internacional.
A notação atribuída constitui mais um reconhecimento de mérito ao desempenho sustentável da CGD e aos compromissos que tem vindo a assumir para o futuro, em benefício das várias gerações, da sociedade e da economia nacional e do meio ambiente, reforçando o papel da Caixa como legítima embaixadora do sector financeiro português na aplicação das melhores práticas de gestão internacionais.
A Caixa detém, atualmente, um programa de sustentabilidade abrangente e estruturado que tem vindo a ser reconhecido por diversas entidades, nacionais e internacionais, e que é construído com o grande empenho dos seus empregados e colaboradores do Grupo CGD e com o contributo dos seus stakeholders.

"Porque vemos o futuro com outros olhos, com responsabilidade e confiança, e valorizamos os desafios e oportunidades emergentes, a Sustentabilidade constrói-se na Caixa. Todos os dias. Com certeza."

Economia verde pode gerar entre 15 a 60 milhões de empregos

Não há dia em que não se ouça dizer que o ambiente é uma pedra no sapato da economia. Estes números dizem, porém, o contrário: a chamada “economia verde” pode gerar 15 a 60 milhões de novos empregos nos próximos 20 anos.
A estimativa resulta de uma análise feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e leva em conta os postos de trabalho criados em vários sectores, como o das energias renováveis, da eficiência energética ou da reciclagem.

O estudo admite que, com a transição para a economia verde, alguns vão ter de mudar de emprego. Mas trata-se de um número “gerível” – nos países desenvolvidos, será de um por cento da força de trabalho. “As preocupações sobre a perda de empregos na economia verde são, por isso, exagerados”, conclui o estudo, realizado no âmbito da Iniciativa Empregos Verdes, que envolve também outras agências da ONU.

A economia verde já está a dar sustento a milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, segundo o relatório, há 3,1 milhões de trabalhadores (2,4%) a prestarem serviços ou produzirem bens na área do ambiente. No Brasil, são 2,9 milhões (6,6%). Só no sector das renováveis, trabalham, no mundo todo, cinco milhões de pessoas. E a área da biodiversidade criou quase 15 milhões de empregos directos e indirectos na Europa.

Entre o dever e haver, as projecções apontam para um ganho positivo de 0,2% a 2,0% no número de empregos globais – ou seja, mais 15 a 60 milhões de postos de trabalho.

A economia verde, e como esta via pode ser a solução para pobreza no mundo, é o tema central da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que terá lugar no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de Junho. A OIT dá exemplos desta ligação – como a utilização de práticas mais eficientes e com menor impacto por parte dos 400 milhões de pequenos agricultores nos países em desenvolvimento, ou a integração, na fileira da reciclagem, de milhões de “catadores” de lixo das grandes cidades. Ao benefício ambiental soma-se o aumento da produção e do rendimento.

O foco da Rio+20 sobre a economia verde não é pacífico. Vários países e organizações têm-se mostrado reticentes, invocando argumentos contra a mercantilização do ambiente e contra a ingerência externa no padrão de desenvolvimento de cada nação.

“A sustentabilidade ambiental não é assassina os empregos, como normalmente se diz. Pelo contrário, se gerida adequadamente, pode levar a mais e melhores empregos, à redução da pobreza e à inclusão social”, afirma, no entanto, Juan Somavia, director-geral da OIT, citado num comunicado da organização.

O Pirilampo Mágico tem 25 anos e apoia milhares de cidadãos com deficiência

No primeiro ano, “só” se venderam 92 mil bonecos; na mais recente campanha, que terminou esta quinta-feira, estima-se que 800 mil pirilampos tenham sido comprados nas inúmeras bancas presentes em todo o país. Mas já houve anos melhores, em que a ajuda a pessoas com deficiência mental/intelectual ultrapassou o milhão. Foram 1995 e 2000.

“Estas campanhas ressentem-se da conjuntura, mas a verdade é que as pessoas não deixam de ser generosas. Contrariamos a ideia de que em tempo de dificuldades ninguém ajuda. Isso não é verdade”, diz Rogério Cação, vice-presidente da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). E informa que ao longo destes 25 anos já se angariaram perto de 16,5 milhões de euros. “É um número significativo”, diz com genuína satisfação.

Será difícil encontrar alguém que não conheça o Pirilampo Mágico, e o sucesso desta iniciativa solidária pode ser atribuído, em grande parte, a um ícone tão bem conseguido. “É um bicharoco engraçado, tem um bocadinho de mistério, não faz mal a ninguém, é simpático. Não há quem não goste de pirilampos. Foi uma escolha feliz também por isso”, conta o responsável, enquanto recorda o autor do boneco, o designer gráfico Mário Jorge Fernandes. Esse, sim, difícil de encontrar. À época trabalhava na RDP, onde tudo começou, mas ao PÚBLICO não foi possível reconstituir-lhe o percurso.

Como tudo começou

“Tudo nasceu num programa de rádio que se chamava A Arte de Bem Madrugar, que foi para o ar na madrugada de 2 para 3 de Setembro de 1986, na Antena 1. Então, as Cerci viviam gravíssimas dificuldades, estavam em crescimento ao nível das solicitações que tinham, mas não havia estruturas, não havia recursos nem meios”, recorda Rogério Cação, que na altura ainda não pertencia ao projecto.

E continua: “Jaime Calado, que era o presidente da Cerci Lisboa, foi ao programa e, enquanto conversava com o locutor, surgiu a ideia: por que não avançar com uma grande campanha a nível nacional?” Regista também o entusiasmo do jornalista José Manuel Nunes, que teria tido conhecimento na altura de uma iniciativa semelhante no Reino Unido, “associada a um bichinho simpático”. Essa discussão, cujas palavras-chave foram “magia”, “solidariedade”, “luz”, deu origem ao pirilampo.

Pensaram logo nas crianças: “Veio a vontade de se criar um símbolo que apelasse a uma dimensão infantil da solidariedade, mas que tivesse algum significado. Seria uma forma de se chegar depois aos adultos. E assim se começou a desenhar a campanha.”

Terá sido uma das primeiras iniciativas solidárias em Portugal apoiadas por um marketing forte e eficaz. Diz Rogério Cação: “Como campanha com algumas ideias de marketing associadas, não tenho dúvidas de que é seguramente daquelas com mais impacte em Portugal dentro deste tipo de iniciativas.” Talvez por isso esteja na memória de muita gente. “E ainda resulta.”

Rogério Cação, 56 anos, não quer ser presunçoso – “estou a jogar em causa própria, sou suspeito” –, mas diz acreditar que “se hoje temos uma ideia diferente da pessoa com deficiência intelectual ou mental em Portugal, em grande parte deve-se à campanha Pirilampo Mágico, porque permitiu mostrar o outro lado destas pessoas. O lado do afecto, da vida, do sonho, da expectativa”. Mais: “Ajudou os pais e as famílias a não os esconder. Trouxe-os cá para fora. Deu-lhes a dimensão de naturalidade que era preciso para que os pais agissem assim: ‘Eu é que sou a mãe desta criança com trissomia 21 e, sim, vamos ao restaurante como os outros’.”